Venda de extintores aumenta 40% em Montes Claros
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013A tragédia do dia 27 de janeiro, que deixou 239 mortos na cidade de Santa Maria (RS), levantou discussões acerca da segurança presente nas casas de eventos de todo o Brasil. Em Montes Claros (MG), os estabelecimentos tiveram que fazer adequações estruturais como o uso correto dos extintores.
A maior fiscalização e a preocupação com a segurança na cidade de Montes Claros fizeram aumentar a procura pelo equipamento. Comerciantes do setor registraram aumento de 40% na demanda na cidade.
Além das vendas, aumentaram também a procura por recargas. Uma loja que fazia 700 por mês agora realiza até 1.500. Os comerciantes dizem que aumento na demanda foi percebido após a tragédia em Santa Maria (RS).
Juvenal Pereira trabalha no ramo desde 1994 e teve que contratar mais dois funcionários por causa do movimento. Segundo ele, o aumento pela procura pode ser explicado pela concientização das pessoas e também pelo maior rigor nas fiscalizações.
“Além dos clientes estarem comprando os extintores, estão se preocupando também com a manutenção. Devido à grande demanda, as fábricas estão com dificuldades de atender aos pedidos”, diz o comerciante.
Ainda segundo Juvenal, os extintores que são recarregados precisam ser submetidos ao teste hidrostático, que mede a elasticidade do cilindro, a cada cinco anos. “Caso seja constatado que o equipamento não está em condições de uso, colocamos ‘reprovado’ nele”, explica.
José Sandrei Nunes tem uma casa de shows em Montes Claros há cerca de 15 anos. O local tem capacidade para 1.800 pessoas.
“Já tínhamos seis extintores e após a fiscalização dos bombeiros, precisamos comprar mais dois. Temos a preocupação em fazer a manutenção, já que em caso de incêndios o extintor pode fazer a diferença.”
O tenente do Corpo de Bombeiros, Cristiano Cavalcante, confirma que, se utilzado da forma correta, o extintor evita o incêndio “Em até 10 segundos após o início do foco, o incêndio pode ser controlado.”
Cuidados com extintores
A vida útil de cada extintor é variável conforme as condições de uso, mas a validade do equipamento está atestada em um selo presente no cilindro.
O extintor precisa apresentar:
1- Selo do Inmetro
2- Selo de garantia
3- Data de validade
Informações de como usar e de onde usar também estão disponíveis no cilindro. A manutenção deve ser feita anualmente. A confirmação de que este processo foi feito é a presença de um anel identificador, que muda conforme o ano, em 2013, o verde está sendo utilizado. O equipamento deve estar lacrado e o cilindro não pode estar amassado ou apresentar furos.
Como usar o extintor
Os extintores de incêndio são classificados conforme as susperfícies as quais serão destinados. São eles: A, B, C e o ABC. O tenente dos Bombeiros explica que os materiais utilizados nas edificações é que determinam qual o tipo de extintor que deve estar presente nos locais.
O extintor A é à base de água e indicado para materiais sólidos, como madeira, tecido ou borracha. O B é à base de pó químico seco e utilizado em líquidos inflamáveis. O equipamento do tipo C é composto por gás carbônico e indicado para equipamentos energizados. O da classificação ABC é à base de pó químico especial e pode ser usado para todos os materiais.
“É preciso ter atenção para não utilizar o A, à base de água, em incêndios em que há materiais energizados, devido ao risco de choques elétricos”, destaca o tenente dos Bombeiros.
Para utilizar corretamente os extintores é preciso retirar o pino de segurança, romper o lacre e apontar o jato para a base do fogo, para que o combate seja mais eficaz.
Fonte: G1